O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres no mundo, e cada número, cada estatística, esconde uma história. Histórias de força, superação, e de prevenção, essa última, fundamental para uma vida mais segura e com mais qualidade. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) revela que o câncer de mama representa cerca de 30% dos diagnósticos de câncer entre mulheres brasileiras, e que a detecção precoce pode fazer toda a diferença, aumentando as chances de cura para até 95% nos casos iniciais.
Neste artigo, vamos entender os principais pontos que podem transformar nossa relação com a saúde: como identificar os fatores de risco, a importância da prevenção e o que fazer para fortalecer essa luta diária em prol da vida.
Afinal, o que é câncer de mama?
O câncer de mama se origina quando células anormais começam a crescer descontroladamente na mama. Embora seja associado, muitas vezes, ao histórico familiar, fatores como idade e até hormônios podem influenciar seu desenvolvimento. Muitas mulheres com câncer de mama, na verdade, não possuem antecedentes familiares. Por isso, conhecer as nuances dessa doença ajuda a desmistificar e melhorar a abordagem em relação a ela.
Os fatores de risco podem ser divididos em aqueles que não conseguimos controlar, como idade e genética, e aqueles que podemos influenciar por meio de escolhas de vida e prevenção. E enquanto aspectos como genética são inevitáveis, entender e atuar sobre os fatores que podemos controlar faz uma diferença substancial.
Por exemplo, algumas mulheres possuem tecido mamário denso, o que torna a visualização de tumores mais difícil em exames de mamografia convencionais. Isso demanda exames complementares, como ultrassonografia ou ressonância magnética, para garantir um diagnóstico claro. A densidade mamária, que é mais comum em mulheres jovens, está associada a um risco mais elevado e ao mesmo tempo exige cuidados específicos.
Outro fator menos falado, mas igualmente importante, é o impacto da exposição ao estrogênio. Mulheres que tiveram um longo período de atividade hormonal, como aquelas que menstruaram muito cedo ou entraram na menopausa tardiamente, enfrentam maior risco de desenvolver câncer de mama. O estrogênio, hormônio produzido naturalmente pelo corpo, influencia o crescimento das células mamárias, podendo se tornar um fator relevante para o aparecimento de células cancerígenas.
Ainda, fatores como peso e estilo de vida são essenciais. A obesidade, particularmente após a menopausa, é um grande fator de risco. Ela está associada a um aumento de estrogênio, produzido pelas células de gordura, e à resistência à insulina, duas condições que podem estimular o crescimento de células tumorais. E, ao contrário do que muitos pensam, o simples fato de manter o peso sob controle pode, sim, ser uma medida poderosa na prevenção.
Esses fatores, mesmo quando não modificáveis, indicam a necessidade de mais atenção e cuidado. Ao conhecermos o funcionamento do nosso próprio corpo, conseguimos observar e tomar decisões mais conscientes em relação à nossa saúde.
A Importância da Prevenção e do Diagnóstico Precoce
É fundamental entender que o diagnóstico precoce é uma das nossas melhores armas. A mamografia, que é o exame de rastreamento principal, está disponível gratuitamente pelo SUS a partir dos 50 anos. Porém, mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou outros fatores de risco precisam começar o acompanhamento mais cedo e, muitas vezes, complementar com outros exames.
Nesse ponto, o autoexame, apesar de não ser considerado método de diagnóstico, ajuda na familiarização com o próprio corpo, tornando-se um recurso para identificar sinais de alerta.
Como fazer?
O autoexame das mamas é uma prática de autoconhecimento que consiste em observar e sentir as mamas em busca de alterações. Ele deve ser realizado uma vez por mês, idealmente de 3 a 5 dias após o período menstrual, quando as mamas estão menos sensíveis. Durante o autoexame, observe a pele, o bico dos seios e apalpe a área ao redor e abaixo das axilas. Lembre-se de que qualquer mudança perceptível, como nódulos, secreção nos mamilos ou irregularidades na pele, merece ser examinada por um profissional.
Para além da mamografia e do autoexame, mulheres com alto risco podem ser indicadas a realizar ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas, que ajudam a identificar tumores difíceis de ver na mamografia, especialmente em mulheres jovens com tecido mamário denso.
Como prevenir?
Quando falamos de prevenção, podemos pensar em aspectos que fazem bem ao corpo e que, ao mesmo tempo, protegem de doenças. A alimentação, a prática de atividades físicas, o sono e a moderação em relação a álcool e tabaco são escolhas que refletem em nossa saúde.
Alimentação Balanceada: Uma dieta rica em frutas, vegetais, cereais integrais e fontes de gorduras saudáveis, como nozes e azeite de oliva, tem um efeito protetor contra diversos tipos de câncer, inclusive o de mama. Esses alimentos contêm antioxidantes, vitaminas e fibras que ajudam a manter o peso, além de reduzir a inflamação no organismo. Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, salgadinhos e frituras, é uma escolha eficaz e acessível.
Exercícios Físicos Regulares: Pesquisas mostram que a prática regular de atividades físicas diminui os níveis de estrogênio e insulina, hormônios que, em excesso, estão relacionados ao crescimento de células tumorais. Praticar pelo menos 150 minutos de atividades moderadas por semana, como caminhar, nadar ou pedalar, é o ideal.
Moderação no Álcool e Cuidado com o Tabaco: O álcool, quando consumido em excesso, é um fator de risco importante. Ele aumenta os níveis de estrogênio e influencia diretamente o desenvolvimento do câncer de mama. Já o tabaco, com suas substâncias cancerígenas, impacta não apenas os pulmões, mas o organismo como um todo. Para quem deseja reduzir o consumo ou parar, existem programas de apoio que podem ajudar no processo.
Sono e Controle de Estresse: A qualidade do sono e o controle do estresse são frequentemente subestimados quando falamos de saúde. Dormir bem é essencial para o equilíbrio hormonal e a regeneração celular, dois pontos que podem impactar a saúde mamária. Já o estresse crônico afeta o sistema imunológico e aumenta a produção de hormônios que contribuem para o desenvolvimento de diversas condições, incluindo o câncer.
Pensamos que a saúde deve estar ao alcance de todos, e o Poup Saúde é uma ferramenta que torna isso possível. Com o nosso cartão, mulheres e homens podem acessar consultas, exames e medicamentos a preços mais acessíveis em uma rede de parceiros. Isso significa que o acompanhamento preventivo fica mais próximo e se torna uma prática rotineira e acessível. A prevenção é, em muitos casos, a nossa maior segurança, e o Poup Saúde permite que isso seja feito com comodidade e economia.
Prevenir o câncer de mama é uma responsabilidade que todas podemos assumir. Isso inclui o autocuidado, a prática do autoexame, a consulta regular com profissionais de saúde e a atenção a fatores de risco que podem ser modificados por meio de escolhas de vida saudáveis.
Cuidar da saúde é um ato de amor-próprio e de proteção para aqueles que amamos. Compartilhe essas informações, incentive quem você ama a cuidar da própria saúde e, juntas, vamos transformar nossa relação com a prevenção.